quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sophie - Cap. 1 - Parte 2!

Saí da sala com um leve sorriso no rosto e fui para o refeitório. Já era hora do almoço, mas não vi ninguém do meu ano. Olhei para o grande relógio que ficava na entrada do restaurante e vi que ainda faltavam cinco minutos para minha turma ser liberada.
Ouvi uma voz familiar me chamando e quando me virei vi o meu irmão mais novo Danny, correndo na minha direção.
-O que foi? - perguntei
-Me paga uma bebida?
-E o seu dinheiro?
-Só deu para comprar um sanduiche - Ele abaixou o olhar como se estivesse desapontado.
-E o resto do dinheiro?
-Tive que pagar uma aposta.
-Então vai ficar sem bebida - Virei a cara
-Mas eu estou com sede!
-Olha, tem um bebedouro bem ali - disse apontando para o fundo do grande salão.
-Mas eu quero refrigerante!
Pensei bem antes de negar. Crianças de onze anos de idade merecem um refrigerante
-Olha... Só hoje, OK? - disse entregando o dinheiro a ele.
-Valeu! - Ele pegou as notas da minha mão e correu para a fila.
Respirei fundo, caminhando até lá também. Comprei um pedaço de pizza e uma soda. Enquanto pagava, percebi que minha turma já havia decido, pois Peter veio correndo até a mim, perguntando o que acontecera. Expliquei a ele tim-tim por tim-tim. Ele ficou se perguntando como eu sempre conseguia escapar das garras o sr. Kenneth.
-É porque eu sou a queridinha dele. - Sorri.
-Como? Você é a garota que mais vai lá!
-É o meu encanto - disse, me gabando.
-Oi! - disse Jullie atrás de mim - E aí? Ouvi que você foi para a sala do diretor de novo...
-É, mas ele só me deu anotação
-Pelo ao menos alguma coisa - Ela sorriu baixo.
-Ah! - gritou Peter - Lembrei!
-O que foi, garoto? - perguntei.
-Me lembrei o que eu tinha que falar com você. Hoje cedo. É que o Jake veio falar comigo e... sabe, ele pediu para eu falar que ele queria... conversar com você.
Jake. O garoto mais nojento do colégio. O mais ridículo, o mais metido... E o mais gato. Ele era aquele tipo de garoto que todas as garotas babam quando passa, e que todas querem ficar. Menos eu. Ele era muito nojento. Batia nos nerds e roubava dinheiro dos idiotas, mesmo sendo rico. Por isso que não gostava dele.
-Sei muito bem que tipo de conversa que ele quer ter. - disse
-Soph, fala sério! Acho que não dá nem para contar nos dedos com quantos gratos você ficou semana passada!
-Mas ele é diferente.
-Sophie, ele é homem e tem boca, não é? Então! Se você fizer isso eu vou poder ser amigo dele! - ele me implorava.
-Peter, você já tem amigos! Não precisa ser amigo desse monstro!
-Olha o Dave e o Eduardo são legais, mas não são populares...
-As pessoas me consideram popular, e eu não ando com o grupo da Barbie e companhia. Fala sério! Você tem a mim. E... para falar a verdade, o Eduardo até que é bonitinho.
-O quê? - gritou Jullie - O Eduardo é o QUÊ?
O Eduardo era aquele nerd tradicional: aparelho freio-de-burro, óculos fundo-de-garrafa, cabelo comprido com gel e camisa quadriculada. Ah! E uma falta de educação imensa. No meio da sala de aula assoava o nariz e saia aquelas melecas verdes nojentas... eca!
-Bonitinho - respondi - Olha, se ele tirasse aquele aparelho, colocasse lentes, cortasse o cabelo, mudasse o visual e aprendesse a assoar o nariz no banheiro, ele até que seria bonito. Adoro a cor do cabelo dele.
Jullie abriu a boca, e depois fechou. Respirou fundo e se voltou para o seu suco.
A aula depois do almoço foi bem rápida e a última, bem divertida. Educação física.
Jogamos vôlei, e eu me diverti muito com a Tiffany, a rainha das Barbies, no time adversário. Sempre fui boa em vôlei, então sempre me mandavam a bola para atacar. Por isso, usei esse presentinho para atacar aquela nojentinha. Até que ela conseguiu desviar e deu um xilique.
-Professor, a Sophie fica sempre mandando a bola para cima de mim! - ela gritou.
-Eu? - perguntei - Eu miro a bola o chão. É ela que vai para cima da bola - menti
-Vamos continuar o jogo, OK? - disse o professor tirando a sua atenção do jogo de hókey dos meninos.
-Ta bom, ta bom - disse Tiffany
O professor voltou a olhar para o jogo de hókey e nós voltamos ao jogo. Tiffany veio até a mim e falou baixo:
-Se você falou mesmo a verdade - uma coisa que eu acho bem improvável - você deve ser mesmo muito ruim de mira.
Pensei um pouco. Eu não podia deixar barato.
-Verdade, devo ser mesmo. Porque... para errar uma bola como você...
Ela fez uma careta para mim e voltou para a sua posição.

1 comentários:

C.O.D//vitor RESENDE disse...

adorie a continuaçao!! super criativa e divertida!!

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